sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Saturno.

bons tempos de inspiração escritural/espiritual.

quando meu amor era certeza e se escrevia nas entrelinhas de versos cheios de dúvidas.

e agora? seis anos depois daquele domingo. (me apaixonei por você em um domingo de manhã).
eu era apenas uma menina canceriana de 21 anos descobrindo as paixões, o sexo, o tesão correspondido...
estava bem no início, meu tempo sempre foi quando. tardiamente quando.
e você chegou no meio disso tudo, real demais, diferente de absolutamente tudo que eu admirava.
sempre fui muito romântica e sonhadora. de uma certa forma me impus a maturidade depois de te conhecer. fui matando de pouquinho em pouquinho tudo que eu achava que não cabia no mundo real dos relacionamentos sérios. aprendi a amar de uma maneira madura (na medida do possível).
porém, pequenas questões me incomodavam. por exemplo, o fato de você não ser beatlemaníaco.
esse sentimento eu guardei lá no fundo, porque racionalmente achava muito infantil. mas gostar de beatles sempre foi importante pra mim, porque os beatles acessam compartimentos muito secretos da minha alma e você não admirá-los tanto quanto eu, faz com que eu pense que você não me conhece de verdade. não poder deitar e ouvir "Because" de olhos fechados com você sem dizer uma palavra, me dói. me corrói. racionalmente isso faz algum sentido? não mesmo. e não só os beatles. nossos gostos musicais são completamente diferentes e isso sempre me matou um pouco. mas vamos ser maduros e racionais, é "apenas" música.
te acho muito talentoso. admiro demais a sua profissão. a arte da atuação me inspira de uma maneira sublime.você me faz rir. você me ama muito, dá pra ver nos seus olhos, de uma maneira que talvez eu nunca consiga retribuir. você tem um dos sorrisos mais lindos desse planeta. você é uma pessoa maravilhosa. um homem lindo. você me ensinou muita coisa.

estou aqui, esgotada mais uma vez. e quando me sinto assim, sempre penso que não te amo mais.
porque estou drenada, não sinto nada.

e assim consigo rever tudo de uma forma racional.

quando isso acontece preciso esperar.

consigo lembrar de momentos em que você me inspirou um amor energeticamente especial
mas agora, fico aqui pensando que fui muito apegada. como uma boa canceriana, só de pensar em romper, terminar, acabar, meu corpo já começa a tremer. eu me apeguei. eu estou apegada. e isso está acabando comigo. eu preciso deixar viver e deixar morrer.


eu preciso viver...



sábado, 26 de setembro de 2015

achei no rascunho:

e o coração partido? ele foi remendado. está sendo cuidado novamente. recuperado.
tudo passa nessa vida, gente. é incrível. horrível. angustiante.
mas enfim, tava fazendo as contas e já fazem seis anos que eu escrevo aqui e esses anos fizeram toda a diferença. Eu tô precisando tanto expulsar uns demônios de mim... escrever por escrever sabe? como estou fazendo agora. pra tentar entender um pouco. na verdade me inspirei em um poema que li agora há pouco sobre passar a vida com alguém e como seria o cotidiano de um casal se os dois estivessem juntos... eu adoro esse assunto. confabulações, fantasias sobre a realidade. o que poderia ser mas não é. romântico, né?
mas a vida não é isso. e ela tá aí se mostrando o tempo inteiro dizendo "meu bem, não é nada disso que você está pensando". mas a gente cisma em pensar errado. o que está errado na verdade é cismar com a vida. aí não dá. aí fode tudo. porque a vida, cara. ela não tá de brincadeira. a vida é pai e mãe. dá bronca. aperta a orelha. e nós somos eternos filhos aprendizes. cismados.
Mas eu cismo mesmo e quebro muito a cara. e quando não aprendo com meus erros lá está a vida novamente me colocando na mesma corda bamba até eu aprender.
tô aqui cismada que quero escrever um pseudo poema sobre um cotidiano imaginário de um casal que eu particularmente adoro. eu e ele. sim, o cara que partiu meu coração

"Sonhe com algo bacana...

...faça de conta que vai tudo bem"

Sinceramente as palavras perderam o significado pra mim.
Não acredito no que as pessoas dizem e não acredito nos meus próprios dizeres.
É tudo mentira. É tudo drama. É tudo ilusão.

Fica difícil viver, gente.

Quando você não acredita.

Mas ao mesmo tempo a vida tem tanta intensidade,
ela te engole feito tsunami e você nem percebe que está morrendo afogado.

Dói tanto adquirir maturidade. Dói tanto viver.
Por isso que na maioria do tempo só quero descansar e ver filmes...
todo o resto cansa. drena energia.

Ando completamente sem inspiração pra nada.
viver é criar. e eu to aqui, sem matéria bruta.
sem conseguir enxergar as potencialidades.
prendendo a respiração.
superestimulada, superansiosa, supertravada

parece que vai tudo na mesma, né.
e vai.

sabe essas pessoas que não conseguem ficar paradas?
não conseguem descansar. ficam ansiosas se não colocarem algo em prática.

elas tem seus problemas, mas vou dizer, MELHOR ficar ansioso porque não consegue ficar parado do que ficar ansioso porque só consegue ficar parado.

mas fazer de conta que vai tudo bem não é comigo. ah não mesmo.

coloca a mão nessa terra e plante toda a sua felicidade.

sujando as mãos, o futuro há de nos pertencer.


"leia minha mão
o futuro há de nos pertencer"

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Diário de um coração partido - parte 2

tá sendo dilacerante.
fico vendo fotos e vídeos pra tentar matar um pouco a saudade, mas ela só aumenta.
e não há nada que eu possa fazer.

absolutamente nada.

ontem ele escreveu:
"hoje bateu uma saudade beeeeem dolorosa"

welcome to my world, buddy!

que dor terrível.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Diário de um coração partido - parte 1

Como vocês pessoas conseguem sobreviver sem um pedaço do coração?!
Estar passando por isso só aumenta ainda mais minha admiração pelos seres humanos de uma maneira geral. O pessoal já passou por cada uma... e tá aí, na vida.

posso dizer que a única coisa que ando fazendo nas últimas semanas é: sobrevivendo.

o cara é o amor da sua vida. (pelo menos é o que você achava)
aí ele começa a fazer muitas merdinhas. merdinhas, sabe?
pequenas atitudes ou não-atitudes que vão rasgando seu coração como um canivete cego.
é aos poucos, por isso você nem percebe a dor. porque seu amor é grande demais.

você pensa: é só uma fase. vai passar. eu posso lidar com isso.

mas ele não está satisfeito. ele te chama para o palco onde está se apresentando e fala na frente de toda uma platéia no dia do aniversário de 4 anos de namoro: "se eu perder você, eu perco tudo".

lindo, né? seria. se no momento seguinte ele não ajoelhasse no chão como se fosse te pedir em casamento e dissesse: "Fulana, você gostaria de..... parar de soltar pum na cama?"

HAHAHHA

sim, meus amigos, seria hilário se não fosse trágico demais.

aconteceu mesmo. de verdade.
e ele me perdeu.

Mas diferente do que ele afirmou, parece que ele não perdeu tudo.
isso foi dia 9 de junho. e ele estava se sentindo terrível pelo que fez.
tão terrível, segundo ele, que quando eu pedi pra ele vir falar comigo somente se ele tivesse algo a dizer. ele simplesmente não ligou mais.
sabe dia 12 de junho? então. dia dos namorados, né? um dia perfeito pra você pedir perdão.
mas não pro amor da minha vida. que resolveu me ignorar nesse dia.
Sim, amigos, é verdade. você acredita? nem eu!

ele fez isso. e dói demais. dói muito!
porque há um mês atrás, eu queria casar com esse homem.
há um mês atrás ele me fazia MUITO feliz.

estou escrevendo aqui pra me lembrar de NÃO LIGAR PRA ELE.
porque sabe como é. as vezes eu esqueço de tudo isso e penso, e daí? eu amo ele! foda-se tudo!
aí eu lembro que para se estar em um relacionamento você tem que se amar primeiro.
seria muita falta de respeito comigo mesma fazer isso. porque eu já fiz tudo que eu podia.
agora ele precisa fazer alguma coisa. (aí você pensa: óbvio que ele vai fazer alguma coisa! ele te ama! ele disse que te ama muito! ele disse que se perder você, ele perde tudo!)
mas não. assim como ele não ligou no dia dos  namorados. ele não vai fazer nada.

ele não vai me ligar, porque está se sentindo constrangido demais.
eu entendo ele. eu conheço ele. mas ultimamente descobri que ele tá pouco se fudendo pra saber quem eu sou. tão triste!
é uma pena. porque eu só preciso de um pedido de perdão e um "volta pra mim, eu te amo! eu vou tentar melhorar. te enxergar. parar de ser egoísta!" pra sair correndo, pular nele e abraçar muito. porque eu amo, sabe? porra... que dor.

mas ele não vai fazer nada disso. porque talvez esses pequenos sinais que segundo ele foram inconscientes, eram os sinais que ele queria mandar mesmo. sinais de afastamento.
eu não sou importante pra ele. mas ele dizia que eu era. e palavras são tão vazias...

ele não me quer mais. ponto. aceite!

sempre que você quiser um lembrete sobre o porque você terminou com ele, leia aqui!

mesmo assim. um recado pra você, Mr.Big (ex-Aidan):

eu sempre vou te amar. porque eu aprendi o que é amor com você.
e serei eternamente agradecida por isso.

'cause nothing lasts forever, but I will always love you.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Love is not enough

Ousei esquecer.
Continuo ousando não lembrar de aprendizados importantes e sofridos em dez longos e dolorosos meses all by myself em uma cidade longínqua de Portugal.
Acabei seguindo o caminho errado como sempre. O que não é novidade se a gente for analisar as péssimas escolhas feitas no passado, sempre baseadas no medo e na superficialidade.
Sim, pessoas queridas que estão lendo isto, eu voltei a escrever aqui após quatro longos meses sem colocar um pingo de tinta (virtual ou não) em qualquer página em branco. e sim, pessoas, eu continuo seguindo o caminho do medo, da superficialidade e da auto-sabotagem. Já estou muito cansada. Já não aguento mais.
Sinto dizer ainda que estou seguindo um caminho totalmente decrescente e contrário a tudo o que sempre preguei. (as always)
Eu absorvia mais, sentia mais e aprendia mais com meus erros. Hoje em dia parece que ao invés de crescer e transcender como pessoa, tenho me tornado cada vez mais narcisista e ególatra. É incrível e muito triste.
Fica aqui o meu desabafo extremamente formal. Porque desaprendi a escrever também.
Estou cheia de dedos ao colocar minhas palavras aqui e percebe-se.

Vossas Excelências dona Folha de Papel e dona Caneta: desculpem pelo abandono. vocês fizeram mais por mim do que eu mesma.

Pretendo voltar a praticar minhas habilidades como ser humano e parar de me comportar como um ser nojento. Sr. Cérebro, vencerei os Jogos da Mente.

Declaro luto, senhoras e senhores.
pelo definhamento de todo o meu ser.

espero sinceramente encontrar dias melhores, palavras melhores e a espontaneidade que perdi pelo caminho.

love is not enough but is all I know.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

minha Liberdade ainda chama-se John Lennon.

uma vida baseada em querer ser o que eu não sou. uma vida baseada em sustentar idealizações hipócritas. uma vida baseada em andar por aí vestindo uma blusa onde se lê: "freedom", quando liberdade seria a última palavra que definiria minhas atitudes. uma vida baseada em idolatrar pessoas que vivem a vida pra elas mesmas. uma vida baseada no parasitismo. uma vida baseada em negar sentimentos negativos. uma vida baseada no erro.

principalmente, uma vida baseada no medo de ser feliz.

porque liberdade é desprendimento. prisão é ser dominado pelo medo. medo é vislumbrar o desconhecido. liberdade é ter coragem de aprender. aprender que não existe perfeição. errar é sofrer. sofrer é aprendizagem. liberdade é não ter medo de errar. não ter medo de sofrer. não ter medo.

liberdade não é fuga. liberdade é comprometimento.